A VOLTA DO PESADELO DA PÓLIO

Sofremos o mal da canetada dos ignorantes e não há vacina. A única defesa é a remoção destes, do organismo do Estado.

 

Foto dos anos em que a pólio era algo do cotidiano na infância brasileira

Foto dos anos em que a pólio era algo do cotidiano na infância brasileira

 

Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro*

POLIOMIELITE, chamada “paralisia infantil”, era um pesadelo enfrentado no Brasil, como também era o sarampo. Gerações carregaram a marquinha das vacinas, como um sinal de infância saudável, pari passu com gente amiga acometida pela pólio, ou vitimada pelo sarampo.

Graças às campanhas de vacinação, principalmente nos governos militares, esses males haviam sido erradicados no Brasil.

Veio a “Nova República” e sua progressiva safra de renovadas decepções. Um sistema único de saúde que merece permanecer escrito em letras minúsculas, proliferações de clínicas de vacinação particulares para suprir o cada vez mais mal administrado “esquema” público e a supressão, pura e simples, das campanhas de vacinação em massa.

Já erradicados, no entanto, a pólio e o sarampo – bem como outros males tropicais, caíram no esquecimento da população brasileira, em especial das gerações que se sucederam nos últimos 40 anos, nos grandes centros urbanos.

Mas o pesadelo voltou. E voltou graças à leniência oficial não apenas em relação à continuidade dos programas de vacinação mas, também e sobretudo… à ditadura esquerdista da Venezuela.

Milhões de venezuelanos, hoje, FOGEM do país. Fazem-no carregando consigo o que podem e, também, o que não podem – os vírus de doenças graves contraídos na sua terra miserável e já erradicadas no país onde buscam refúgio.

Os refugiados, assim, tornaram-se verdadeiras armas biológicas, fabricadas pela estupidez bolivariana.

Destinos certos desse contingente desassistido, não por outro motivo, Colômbia Brasil estão sofrendo o grave risco de enfrentarem uma epidemia de sarampo e outra de poliomielite… conjugadas.

A Colômbia, no entanto, há muito está preparada para o problema. Realiza a vacinação de sua população e está, também, integrada nos programas de vacinação das Américas, organizados pela OPAS – Organização Pan-americana da Saúde e pela OMS – ONU. Ela estende essa assistência aos milhões de refugiados que recebeu, provindos da Venezuela.

Já no Brasil, essa ameaça biológica encontra terreno fértil. Está sendo introduzida em um país sem defesas naturais, pois os venezuelanos foram instalados não apenas nas cidades de fronteira, mas também autorizados a penetrar no território nacional, sem qualquer cuidado sanitário do governo brasileiro.

Um país civilizado, com um governo decente, teria montado uma barreira sanitária para examinar, vacinar e segregar em quarentena os REFUGIADOS da tragédia política venezuelana.

Mas no Brasil não. Aqui, o governo medroso e seus políticos imbecis entendem normal dar “boas vindas” às epidemias, com medo da grita da militância esquerdista – esta, contaminada pelo vírus da idiotice bolivariana e padecendo de grave corrupção moral. Essa massa abjeta de burocratas, militontos, jornalistas e políticos, usando a pecha do “politicamente correto”, se nega a classificar refugiados como tais…pois isso significaria reconhecer o desastre humanitário da ditadura venezuelana.

Não bastasse esse desastre ideocrático, a Justiça amestrada tupiniquim reproduz a bananice, em apoio à diplomacia conivente e frouxa do governo federal e, assim, por decisão judicial, transforma refugiados em “imigrantes”, determinando que uma massa impressionante de seres humanos desprovidos de assistência médica no seu país de origem – e possivelmente contaminados, “espalhem-se” pelo território nacional desprovido de defesas contra doenças que há gerações já não conhece.

Vivemos o festival da canetada dos ignorantes. Afinal, reter provisoriamente refugiados, examiná-los e monitorá-los antes de permitir a imigração ou conceder refúgio (coisas diversas), ao contrário de configurar discriminação, é ato de coragem duplicada – de agir com efetiva humanidade, em face à desumanidade biológica que acomete os que fogem da doença política ocorrente no país vizinho.

Não se trata de um “entendimento” legal, uma postura “humanitária” ou uma estratégia “diplomática”, ignorar o risco epidêmico. Trata-se de um crime, como criminoso também é o desleixo da Saúde Pública brasileira com a vacinação de nossas crianças.

Assim, não bastasse todos os problemas, sofremos também com o mal da canetada dos ignorantes, e não há vacina contra isso. A única defesa é a remoção destes, do organismo do Estado.

 

afpp18*Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB. Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa – API, é Editor – Chefe do Portal Ambiente Legal, do Mural Eletrônico DAZIBAO e responsável pelo blog The Eagle View.

 

 

Fonte: The Eagle View

 


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