Negar o fato do crime contra Bolsonaro é típica psicopatia esquerdista

Freud explica a campanha de desinformação sobre Bolsonaro

 

negacao
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro*

Esquerdismo é uma neurose?

O psiquiatra forense Lyle Rossiter, em sua obra “The Liberal Mind: The Psychological Causes of Political Madness, caracteriza o esquerdismo como uma neurose, baseada nos traumas do relacionamento com a família durante o desenvolvimento da personalidade.

Sendo uma neurose de transferência, o esquerdismo compreende projeções inconscientes das psicodinâmicas da infância nas arenas políticas da vida adulta.

O esquerdismo, assim, pode ser resultado de uma falha na formação da criança, uma fragilização nos elementos psicodinâmicos básicos do adulto, em face das necessidades da vida em uma sociedade de liberdade organizada.

O esquerdismo, porém, é uma reação de inconformismo aceitável no período de mudança e assunção de valores, na fase dos questionamentos, no período da adolescência e juventude.

Porém, o choque de realidade, as vicissitudes da vida adulta, o lidar com as necessidades diárias, o relacionamento com os demais, com a satisfação pessoal e frustrações, produzem mudanças profundas nessa reação, provocando o amadurecimento.

O amadurecimento da visão crítica, do sentido crítico, adquirido com o hábito da leitura, com o diálogo aberto com pessoas de pensamentos e experiências vividas variadas, plurais, auxiliam na superação das limitações funcionais resultantes da neurose esquerdista, de forma que o indivíduo ingressa, nestas circunstâncias, na vida adulta, adquirindo uma cidadania democrática.

Ocorre, porém, que nem todos conquistam ou adquirem a oportunidade dessa superação, e, assim, desenvolvem e até mesmo recalcam essa postura psicológica, de natureza epistemológica.

Esse recalque, no Brasil, tornou-se programa governamental, nos últimos trinta anos, tratando as politicas educacionais de gerar neuróticos esquerdistas desde a tenra infância, e militantes rancorosos e recalcados, munidos de qualificação acadêmica suficiente para reproduzir novos neuróticos.

Assim, um esquerdista, na maturidade, epistemologicamente falando, dificilmente identificará as “fendas” ocorridas em seu desenvolvimento, de criança até a idade adulta.

Rossiter, a respeito, nos diz mais:

“Sua neurose é evidente em seus ideais e fantasias, em sua auto-justiça, arrogância e grandiosidade, na sua auto-piedade, em suas exigências de indulgência e isenção de prestação de contas, em suas reivindicações de direitos, em que ele dá e retém, e em seus protestos de que nada feito voluntariamente é suficiente para satisfazê-lo. Mais notadamente, nas demandas do esquerdista radical, em seus protestos furiosos contra a liberdade econômica, em seu arrogante desprezo pela moralidade, em seu desafio repleto de ódio contra a civilidade, em seus ataques amargos à liberdade de associação, em seu ataque agressivo à liberdade individual. E, em última análise, a irracionalidade do esquerdista radical é mais aparente na defesa do uso cruel da força para controlar a vida dos outros.”

Freud, em 1919, já identificava esse mesmo distúrbio, contido no esforço comunista para regular as pessoas desde o berço até o túmulo, atribuindo a violência – elemento humano originário, ao fato da propriedade.

A negação serve de abrigo à neurose?

O raciocínio é sintomático da negação da responsabilidade pessoal, no incentivo à auto-piedade e auto-comiseração, na indulgência sexual, racionalização da violência e na inveja do sucesso alheio como forma de militância.

Não à toa, o fenômeno têm sido analisado como um caso para a psicologia social e para a psiquiatria forense.

Essa, a razão da dificuldade do esquerdista “sair” de sua zona de conforto, quando é obrigado a se despir de seu discurso construído, para se deparar com a destruição absoluta de seus estereótipos.

Essa destruição impiedosa tem ocorrido na América, encetada pelo peso natural da triste realidade política, social e econômica, da aventura esquerdizóide no comando da estrutura de poder, no Brasil e em vários outros países latino-americanos, bem como a debacle do politicamente correto na vida acadêmica norte-americana.

Foi o caso da decadência sem dignidade alguma do lulopetismo no Brasil.

A sucessão de desastres econômicos, os escândalos de corrupção e crimes associados, levaram os esquerdistas a, simplesmente, passar a negarem a realidade. E a reação esquerdista, desde então, têm sido a da completa e sistemática negação da realidade.

Não se trata, portanto, apenas de um cinismo criminoso calculado – algo que pode ser atribuído às lideranças acometidas por psicopatias criminosas mais graves.

No campo da militância esquerdista, a negação da realidade passou a servir de boia para suportar a travessia de tempos difíceis, de analgésico para o completo desalento para com a poluição das águas cristalinas que determinavam o rumo do caudal ideológico de transformação social.

Freud e Lacan demonstraram haver no interior da relação do sujeito com os objetos, constitutivos de sua realidade, um vazio de referência. Para a psicanálise, então essa perda passa a ser algo insuportável.

Dessa forma, o acesso à verdade, ou realidade, vincula-se à própria divisão do sujeito e ao discurso que o circunda.

A realidade é uma ordem, ou razão de estabilidade lógica, à qual o sujeito está assentido, ou seja, crê, sem explicação. Ela depende de um princípio de ordenação discursivo, que só pode se exercer se não for questionado pelo sujeito. Daí a negação.

Negar o crime contra Bolsonaro “protege” o neurótico?

Se essa negação tem servido para conduzir grande parte da esquerda brasileira a um abismo obscuro, a reação, por vezes raivosa, de seus segmentos, termina por produzir ainda maiores frustrações, recalcando ainda mais a negação.

É o caso do covarde, obscuro, lamentável, atentado contra a vida do líder de direita Jair Bolsonaro, candidato presidencial que se encontra à testa das pesquisas eleitorais e capitalizando um discurso de transformação e restauro de valores – valores estes sistematicamente negados pelos esquerdistas, em dezenas de anos de exercício desastroso do Poder.

Utilizado em muitos sentidos, o conceito de negação faz referência direta ao ato explícito de negar, de não aceitar ou não aprovar determinadas circunstâncias, situações ou fenômenos. Exercer a negação é, em termos linguísticos, simplesmente dizer “não” (podendo isto ser falado de diversas maneiras). Em termos psicológicos, a negação é um dos fenômenos mais característicos dos indivíduos para evitar lidar com situações ou circunstâncias que geram algum tipo de conflito.

Nesse sentido, a campanha de desconstrução de Bolsonaro, revelou a preocupação esquerdista de que o seu mito populista, Lula, pudesse ser substituído por outro mito populista à direita – Bolsonaro.

Esse temor levou a uma outra reação conjugada com a negação: a reação de transferência. Assim, passaram os esquerdistas a refletir em Bolsonaro, tudo aquilo que sempre intimamente lhes incomodara.

Mas a realidade foi ainda mais dura com a neurose esquerdista. Frustrados com a inocuidade dos ataques efetuados para barrar o líder que lhes afrontara integralmente a cadeia de valores, passaram os esquerdistas a reagir, ampliando o nível de ódio à pessoa do candidato, demonizando-o de tal forma que o transformaram em alvo para psicopatas em grau mais agudo.

Ocorrida a tragédia, a negação agora retorna á cena, para proteger o “esquerdopata” da culpa, do assédio do que resta de consciência moral na mente esquerdista.

Triste situação. Os esquerdistas, agora, assumem o risco real da assunção de mais um crime grave, que lhes retira da tradicional zona de vitimização e do coitadismo, para a da cumplicidade com o fenômeno criminológico comum. Não lhes resta, nessa circunstância, senão negar o fato, para negar a culpa.

A negação é entendida como um mecanismo de defesa, que leva o indivíduo neurotizado a inconscientemente evitar aceitar ou perceber a realidade que vive.

Quando falamos de negação, nos referimos ao mecanismo pelo qual uma pessoa nega a realidade, criando algum tipo de conflito interno, sofrimento, angústia ou dor.

A negação é comum em situações extremas como, por exemplo, quando uma pessoa sofre a perda de um ente querido, ou quando ocorre uma separação amorosa, mas também pode estar presente em situações cotidianas comuns, mas que provocam algum desconforto. Como por exemplo, situações em que uma pessoa recebe uma crítica negativa e não reconhece o seu erro para não aceitar sua falha ou limitação.

Quando essa reação neurótica se transmite em uma escala sociopática, têm-se exatamente o caso atual, da perda da razão esquerdista pela assunção fática do discurso de ódio e sua consequência, em pleno debate eleitoral. Essa assunção se torna inevitável pelas evidências fortes de alinhamento ideológico do discurso esquerdista com o tresloucado gesto da tentativa de assassinato a Bolsonaro.

Hora de lidar com a própria culpa?

Tornaram-se os esquerdistas, assim, do mais radical comunismo ao hesitante e cínico peessedebismo, alvos de todas as críticas acerbas ao discurso do ódio que eram formuladas ironicamente pela própria esquerda nacional.

A negação, entretanto, impede o desenvolvimento de uma vida plena e estável, pois envolve a pessoa em uma realidade fictícia que não pode durar por muito tempo. Por esse motivo, é visível observar o esforço mental de esquerdistas de todos os matizes para negar o fato do atentado contra Bolsonaro, relativizá-lo, duvidar que ocorreu o fato, atribuir o fato à própria vítima e, até mesmo especular se Bolsonaro não teria atentado contra a própria vida… cientes todos, no entanto, que essa sensação não será duradoura, e a saída desse transe será sem dúvida traumática.

Uma loucura, que visa negar a consequência trágica da própria loucura esquerdizóide.

Há saída, no entanto: amadurecer a mente. Nunca é tarde para isso.

A aceitação do que está de fato ao redor. O trabalho intelectual para melhor lidar com o que está acontecendo, é precisamente o melhor caminho a seguir para o esquerdista intelectualmente desenvolvido, que ainda guarda algum nível de controle moral e domínio racional de sua atividade cognitiva.

Talvez, dessa forma, se possa, de parte a parte, resgatar a normalidade no processo eleitoral.

Fica a sugestão.

notas:
https://www.theeagleview.com.br/2015/11/esquerdismo-virou-coisa-de-louco.html
https://www.theeagleview.com.br/2018/09/atentado-contra-bolsonaro-atinge.html
http://queconceito.com.br/negacao

 

 

afpp18*Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB. Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa – API. É Editor- Chefe do Portal Ambiente Legal, do Mural Eletrônico DAZIBAO e responsável pelo blog The Eagle View.

 

 

 

 

 

 


Desenvolvido por Jotac